O Telemóvel...

Não fosse esse bicho uma poderosa ferramenta de comunicação, e os acontecimentos dos últimos dias na Escola Secundária Carolina Michaelis nunca teriam sido assistidos.

Não só porque a dependência daquela aluna em tal equipamento a levou a agir daquela forma, como também a ferramenta que possibilitou ao jovem repórter filmar o ataque "à velha" (forma carinhosa como os alunos se referiam à professora - no meu tempo transformávamos o respeitoso Sr. Professor em stôr) terá sido outro equipamento da mesma família.

Escusado será dizer que a probabilidade de ambos os telemóveis em causa terem a mesma habilidade em relação ao vídeo, é alta. Imagine-se então que tipo de vídeos e fotografias teria o telemóvel da irracional aluna, que com tanta tenacidade e violência urgia em recuperar.

Isto não parece nada comparado com outra situação que me chocou quando a li nos últimos dias, de uma carta da escola para cerca de 630 alunos. Ao que se percebe estes terão participado numa festa da escola que acabou em orgia. 630 alunos, 630 cartas para os pais.
Ao que parece as idades andam entre os 14 e os 16 anos, e o texto da carta é no mínimo assustador - "Os riscos são reais. Assumam o pior."
A carta fala inclusivamente em possível gravidez, ou possibilidade de doenças sexualmente transmissíveis. Coisa digna de um American Pie pornográfico...

Mas olhemos para nós e desiluda-se o portuga. Não será melhor por aqui, pois se há 15 anos atrás havia diferenças grandes entre o modo de vida das crianças e adolescentes portugueses e os seu congéneres estrangeiros, estas discrepâncias estreitaram-se.

Que monstros estamos a criar?